O câncer de mama atinge cerca de 30% das mulheres brasileiras. E, segundo os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), também é o primeiro que mais leva a óbito (16,5%). E, assim como os demais tipos tumorais, podem se desenvolver devido à proliferação desordenada das células que compõem a mama.
A mama é formada por lóbulos que contêm as glândulas lactíferas (produtoras de leite), por ductos que conduzem o leite até o mamilo e por tecido conjuntivo. Porém, a maioria dos tumores têm origem nos lóbulos ou nos ductos mamários.
O câncer de mama geralmente é facilmente identificado pela presença de caroços (nódulos) nas mamas que podem ser percebidos durante o autoexame de toque que deve fazer parte da rotina das mulheres. Os nódulos também podem ser sentidos nos mamilos, axilas e pescoço.
Na presença desses nódulos, exames de imagem (mamografia ou ultrassonografia), biópsia e análise histopatológica do tecido podem ser solicitados para confirmação do diagnóstico. Mas, a avaliação das mutações gênicas também auxiliar na predição do risco de desenvolver a doença.
O autoexame é essencial para o diagnóstico precoce do câncer de mama, ainda mais quando consideramos uma doença multifatorial e que parece ser influenciada por fatores hormonais (antecipação da menarca e menopausa tardia), estilo de vida (obesidade, sedentarismo, tabagismo) e genéticos (histórico familiar da doença ou outros tipos de câncer). Porém, mulheres com mais de 50 anos parecem ser mais susceptíveis ao desenvolvimento da doença.
Apesar de existirem tratamentos disponíveis (quimioterapia, radioterapia, cirurgia, por exemplo), é necessário levar em consideração o estágio e o tipo de tumor apresentado. E manter os exames em dia e realizar o autoexame com frequência é essencial não apenas para o diagnóstico precoce, mas também pode contribuir para a cura da doença.
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Doi: 10.1038/s41572-019-0111-2
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